O tempo passava normalmente e mais e mais alunos iam chegando e passando pelos portões guardados por Cerberus. Depois de cinco minutos passados do limite aceito para entrada dos estudantes, o rapaz começa a fechar os portões, seguro de que todos os comprometidos com a aprendizagem já tinham passado por ele. Entretanto, ao começar a trancar a entrada para o templo, ouve-se ao longe uma voz gritando:
- ESPERE! ESPERE POR MIM!
Era Dionísio… como sempre. Sua voz parecia alterada, e seu bafo revelava que ele bebera a noite toda (se é que não fizera isso durante o dia também). Cerberus logo passou de alegre para extremamente enfurecido.
- O que você pensa que está fazendo, seu festeiro imundo! - Grunhe ele.
- Ahhh! Calma, calma, meu amigo. Eu nem estou tão alterado assim hoje - Fala Dionísio com um tom malandro, já se dirigindo para entre os portões.
- Você pensa que está dando um ótimo exemplo às nossas crianças!
[[Cerberus adverte Dionísio]]
[[Cerberus deixa Dionísio entrar]]
Por ter deixado Dionísio entrar no Partenon bêbado, Cerberus é demitido do seu cargo por sua incompetência.
Cerberus se encaminha para a sala de Hades. Abre a porta e encontra seu mestre, que não tem uma expressão agradável em seu rosto.
- Me desculpe, Mestre Hades! Não foi minha intenção...
Hades suspira e apenas diz:
- Estou muito decepcionado com você, Cerberus...
Você falhou em seu dever.
FIM
E antes que o deus do vinho pudesse passar, o rapaz, como uma muralha, se coloca entre a escola e ele.
- Não permitirei mais que o senhor desonre de tal forma a nossa renomada escola!
Agora, saindo para o lado e abrindo passagem novamente, continua:
- Informarei todo o ocorrido ao coordenador. Não espere que ele seja tão bonzinho quanto eu...
Sua expressão se apaga e fica mais calmo, porém, Dionísio é quem se revolta agora.
- Nah! Você obedece aquele trouxa do Hades como se fosse seu cão!
E passando pela porta, Cerberus ainda é capaz de ouvir aquele festeiro resmungando:
- Não acredito, mas que droga de vira-lata maldito!
O rapaz não se altera, pelo contrário, sente-se bem por estar cumprindo com seu dever.
Agora que os portões estão fechados e Cerberus tem certeza de que ninguém mais precisará entrar e sair, ele vai desempenhar seu papel como inspetor junto de Hermes, que não apenas inspecionava, mas também servia para mandar as mensagens entre os professores, ou os comunicados da direção e da coordenação para eles.
Ao chegar aos corredores, a primeira coisa que vê, é o inspetor correndo de sala em sala, como se os professores quisessem mandar mensagens instantâneas uns para os outros. Primeiramente Cerberus se diverte, porém, logo a voz de Thymo ecoa em sua cabeça:
“Pobre homem! O que esses insolentes desses professores acham que estão fazendo? É como se nenhum deles tivesse um bendito celular!”
“O uso de aparelhos eletrônicos de qualquer natureza é proibido dentro dessa escola.” retruca Adia, que prossegue “Se você quer mesmo ajudá-lo, porque não cala a boca e começa a se mexer?”
[[Ajudar Hermes]]
[[Não ajudar Hermes]]
“É exatamente isso que eu vou fazer!” Se enfeza Thymo.
O rapaz anda calmamente subindo o corredor, esperando o momento em que o inspetor saísse de uma sala em direção à outra.
- Ei! Hermes! - Fala ele, quando o homem sai apressado.
- Ah, Cerberus! O que houve? Precisa que eu mande uma mensagem à alguém?
- Não, é exatamente o contrário. Eu queria ajudá-lo enquanto os portões não precisam de vigilância.
Hermes sorri e aceita a proposta:
- Está bem. Você pode... blá blá blá…
No decorrer do dia, Cerberus conseguiu permanecer calmo enquanto realizava suas tarefas. Era até divertido, pois ele podia ver os professores em suas respectivas matérias e ver como os garotos que passavam por ele ao entrar na escola, se comportavam durante as aulas.
O rapaz dirigi-se à próxima sala e pede licença à professora Atena, pedindo desculpas em seguida por ter atrapalhado sua aula de português. Após dar a mensagem, quando dá a volta para sair da sala, vê Perséfone. A menina não o tinha visto, pois estava concentrada demais em suas tarefas. Mas aquilo não tinha importância, ao ver a garota lembrou-se de que precisava avisar Hades sobre a indisciplina de Dionísio. E era isso que iria fazer.
Começou a se dirigir para a coordenação, pensando em como daria a notícia e quando já estava perto da porta, ouviu que Hades estava conversando com alguém.
[[Escutar a conversa]]
[[Não escutar a conversa]]
"Ahhh não, eu estou muito cansado... Quem sabe da próxima vez" - Reclama Synk.
"Hmph. Você é um inútil, Synk" - Constata Thymo.
Hermes ficou sobrecarregado de trabalho e por ter corrido demasiadamente nos corredores, ele tropeçou da escada, caiu e quebrou a perna.
Cerberus vai visitar seu amigo no hospital, quando chega lá, vê que Hermes está muito triste.
Thymo começa:
"Viu só, eu disse para ajudarmos ele!"
"Eu disse para você se mexer..." - Completa Adia.
Synk fica deprimido.
Você acabou com uma das personalidades de Cerberus. Synk entrou em crise existencial.
FIM
Cerberus parou e prestou atenção na conversa.
“Espere…” pensou ele “Eu conheço essa voz!”
Era Deméter que conversava com seu mestre. Agora, mais do que nunca, se escondera e ficara escutando em silêncio.
“O que será que aconteceu?” “Por que será que ela está ali?” Eram os únicos pensamentos que passavam pela cabeça do rapaz. Até mesmo suas três consciências estavam quietas agora.
- Quem você pensa que é, Hades? - Falou a mulher.
- Não sei do que está falando… - Retrucou ele.
Ela se enfeza:
- Sim, você sabe muito bem do que eu estou falando! Como você pôde se apaixonar pela minha filha?!
Hades muda de expressão, parecendo totalmente abalado.
- Não é como se eu pudesse escolher...
Deméter percebeu seu tom estristecido e fala um pouco menos irritada:
- Veja Hades… O que eu quero dizer é que Perséfone é uma aluna e você é um dos funcionários da escola.
- Eu sei bem sobre minha posição, Deméter. Me perdoe por preocupar você. Eu não tenho intenções de me aproximar dela de forma alguma.
Agora é a moça quem fica abalada, porém não diz mais nada sobre o assunto.
- Bem, eu tenho uma aula para dar agora. Até depois.
E sai da sala, fechando a porta atrás dela. Cerberus, rapidamente, sai de onde estava escondido e finge que estava andando em direção da sala da coordenação. Os dois se cumprimentam:
- Olá, Cerberus! Bom trabalho hoje. - Fala a mulher, educadamente.
- Bom dia, professora. - Responde ele, reverenciando-a.
Ela se vai, e Cerberus bate delicadamente a porta, abrindo-a lentamente:
- Com licença, mestre?
O homem, perdido em seus pensamentos, se assusta:
- Oh! Cerberus, entre por favor!
- O senhor pode falar? - Pergunta o rapaz, acanhado.
Hades sorri, na tentativa de deixá-lo mais à vontade.
- Posso sim, o que quer me falar? - E faz um gesto para que o rapaz se sente.
Cerberus obedece e, se sentando, fala:
- É sobre o professor Dionísio, senhor.
- Ah… - Hades fala, pouco surpreso - Ele andou aprontando de novo?
- Sim senhor, mas dessa vez me parece que a situação é um pouco mais séria…
- Prossiga.
- Ele chegou ainda mais atrasado do que normalmente chega e ainda estava cheirando à bebida. Também pude perceber que seus olhos estavam avermelhados, deve ter ficado acordado até tarde.
O homem cruza as mãos, apoiando os cotovelos na mesa:
- Obrigado por me avisar, vou tomar as devidas providências.
- Eu que agradeço, senhor. Estou apenas fazendo meu trabalho.
Hades pensa alto:
- Vou falar com Zeus sobre isso, mas bem que eu queria deixá-lo queimando no inferno por alguns dias, he he heh...
Cerberus, já se levantando, dá uma risada tímida, mas antes de sair da sala vira-se e pergunta:
- Hades, o senhor está bem?
O homem percebe sua preocupação e responde:
- Estou Cerberus. Não há motivo para que você se preocupe comigo.
O rapaz vira-se novamente e, relutante, finalmente fala:
- Eu ouvi, senhor.
O coordenador, que olhava para seus papéis, de novo levanta sua cabeça, que estampava uma expressão desentendida.
- Especifique-se…
[[Contar]]
[[Não contar]]
"Hmm, acho que não deveríamos faltar com respeito ao nosso mestre... Vamos deixá-los conversar em paz..."
Por algum motivo, em algum momento da história, Cerberus dá algum conselho errado para Hades, e este é demitido de seu cargo.
- Eu não acredito... Como isso foi acontecer? - Hades choraminga.
Para tentar alegrar seu mestre, Cerberus fala:
- Ahh, bem mestre... Para poder ficar sempre ao seu lado, eu... Me demiti também, hehe.
- Você o que?! Você não precisava fazer isso... - Hades coloca as mãos sobre o rosto e tenta aceitar a situação. Mas ele continua triste.
FIM
- Eu ouvi… Sua conversa com Deméter… Apesar de que-
- Ouça Cerberus, eu realmente aprecio sua lealdade, mas peço que não se preocupe.
- Mas como posso não me preocupar! - Exclama, surpreso.
- É como ela disse, eu sou um funcionário e Persefone uma aluna. Isso simplesmente não pode acontecer.
Cerberus cerra os punhos e sua expressão se altera.
- Não quero que o senhor sofra! - Ele fala, complacente, porém logo suas consciências tomam conta de sua boa educação. Thymo berra:
- Aquela velha maldita! Pensa que você pode fazer algo ruim contra Perséfone!
- Seus pensamentos são sinceros, não é como se você quisesse se aproveitar dela, ou que você só se sinta atraído por ela ser uma bela e ingênua jovem - Adia complementa, sem expressão. Mas Synk, como sempre, estraga tudo:
- Apesar de que vocês dois dariam um belo casal. Hades realmente tem bom gosto! Hue hue hue.
O deus fica de pé e usa seu poder para controlar o rapaz:
- Acalme-se Cerberus. Não se deixe levar pelas emoções!
O jovem retoma a consciência e pede perdão:
- Mestre, eu não queria-
- Apenas acalme-se… - Ele faz um momento de silêncio, descansa suas mãos sobre seus ombros e prossegue:
- Eu realmente o agradeço por tudo! - E sorri.
O guarda se acalma e fala:
- Mestre, eu a conheço bem. Sempre conversamos na hora da saída e da entrada - faz uma pausa, e continua - Talvez eu possa ajudá-lo.
Hades vira-se e começa a ponderar. Após alguns instantes, vira-se novamente para seu subordinado e fala:
- Não seria uma má ideia - Suspirando logo em seguida, um pouco hesitante.
- Vai dar tudo certo, Mestre!
- Agradeço sua disposição, Cerberus. Apenas fique ciente de que não quero forçar nada nessa história, isso vai depender da decisão de Perséfone.
Hades suspira novamente e seu olhar fica vazio.
- Mas não quero que ela tenha uma impressão errada sobre mim.
- Eu sei que ela nunca faria isso com ninguém, especialmente com o senhor!
- Obrigado - Diz, sentindo-se mais seguro - Bom, eu tenho que resolver o problema do Dionísio.
- Ah, sim! Estou de saída, Mestre. Qualquer coisa estarei à disposição!
Hades agradeceu o nobre gesto de Cerberus com um sorriso. Seu fiel subordinado dirigiu-se à porta e, antes de fechá-la, voltou seu olhar para Hades para que pudesse ficar certo de que ele estava bem. Quando o rapaz fechou a porta, Hades sentou-se, jogando seu peso contra o encosto da poltrona.
- Eu espero que dê tudo certo mesmo…
Suas três consciências começam uma discussão sobre um bom plano para aproximar seu mestre e Perséfone, quando de repente é tirado de seus pensamentos por um chamado:
- Cerberus! - Uma voz suave ecoou levemente pelo corredor.
- Ah... Perséfone! - Disse, enquanto se virava para olhá-la.
- Pude ver seus olhos brilhando de longe - Ela riu - Aconteceu alguma coisa?
- Bem, nada demais... Só pensando no que tenho de fazer agora.! Mas e você, onde estava indo?
- Eu estava indo para a aula de educação física com o professor Ares.
Somente agora o rapaz percebe que ela estava vestida de forma diferente para aquela aula, e fala:
- Então eu não vou mais a segurar aqui. Vá antes que se atrase!
Ela faz uma pequena reverência, e agradece:
- Fui eu quem começou a conversa, Cerberus! Mas obrigada, vou indo!
E ele a vê indo embora, virando a esquerda pelo corredor. Quando a garota desaparece de sua vista, quem aparece agora é Hades. Cerberus se precipita em sua direção:
- Mestre, mestre!!!
O homem olha para seu subordinado, e fala como que para ele diminuir o tom de voz:
- O que houve, Cerberus? Eu estou ocupado agora, tenho que tratar da situação do Dionísio.
Mas o rapaz nem dá ouvidos à seu comentário, e começa a dar uma mensagem atrás da outra:
- Já viu a Persefone!? Ela está linda com seu uniforme de atleta! Vá ver ela, senhor!
Hades pára por um momento para absorver a informação, mas fala logo em seguida:
- Atleta??? Ela está indo para a aula de educação física?
- Sim! Por que o senhor não deixa para depois a bronca daquele beberrão e não vai dar uma espiada em sua aluna preferida?
[[Hades aceita]]
[[Hades recusa]]
- É, bem... Eu... Eu ouvi o seu coração batendo fortemente pela Perséfone!! - Cerberus improvisa.
Hades se vira, surpreso:
- MAS O QUE?
Cerberus estampa um sorriso amarelo e dá umas risadinhas.
O jovem sai da sala com um galo na cabeça e leva sua última advertência, ficando afastado do Partenon - tendo permissão para vigiar o portão, apenas.
"Aff, agora não podemos ver o mestre por sua causa, Synk!!" - Thymo esbraveja.
"Desculpem, mas algo me disse que não seria boa ideia contar que ouvimos a conversa..."
"O seu improviso é que não foi uma boa ideia..." - Adia termina.
Cerberus passa os próximos 3 meses triste no portão do Partenon.
FIM
O coordenador sente-se culpado por alguns instantes, pondera sobre a possibilidade de ir ver Perséfone mais uma vez. Ele olha para os papéis em sua mão, e aceita a proposta de Cerberus:
- Mas que fique claro que eu não posso me desviar do meu trabalho só por causa desse assunto! Da próxima vou dar-lhe uma advertência por falta de disciplina!
Um sentimento de alegria sobe por todo o seu corpo, e o rapaz nem se preocupa com a possibilidade de ser repreendido pelo Deus do Submundo. Ele vê seu mestre indo na mesma direção em que Perséfone fora momentos antes, e resolve seguí-lo.
Os dois chegam ao campo onde o professor Ares dava suas aulas (que eram sempre iguais, pois, como Deus da Guerra, ele adorava uma batalha de queimada) e Hades vê que os alunos já estavam no meio de uma intensa luta para ver quem seria o vitorioso que não levaria nenhuma bolada e ganharia nota extra no fim do semestre. No momento em que o coordenador se acomoda em um canto escondido para observar a movimentação dos “guerreiros”, Perséfone é atraida por sua presença e olha em sua direção, mas, como estava correndo e fugindo habilmente dos ataques dos colegas, tropeça nos próprios pés e cai pesadamente no chão.
Hades logo fica menos confortável no lugar em que estava, pois percebe que a garota podia ter se machucado bastante, e também porque todos os olhares famintos dos colegas se voltaram para ela, que agora estava indefesa no chão.
[[Ajudar Perséfone]]
[[Não ajudar Perséfone]]
- Bem, Cerberus... É um convite tentador, mas eu tenho que resolver a situação do Dionísio agora - Hades suspira - Eu deveria advertí-lo por tentar desviar minha atenção dos deveres.
O Deus dá uma breve risada e segue seu caminho para a direção disciplinar.
- Mas meeeeestre... Droga, ele foi embora. Bom, acho que não tem problema eu ir para lá e contar ao mestre o que aconteceu.
Dionísio é demitido.
FIM
Subitamente, uma chuva de bolas vai em direção da menina, que fica apavorada, e cobre o rosto, apenas esperando as pancadas que receberia, porém, ela nada sente. Quando toma coragem e volta a olhar para o campo, vê apenas uma sombra, e depois, um homem descabelado.
- Você está bem, Perséfone??? - Pergunta Hades, aflito.
- HADES!?
A pequena garota, perto do robusto corpo do coordenador, se assusta ao ver que o terno do homem estava cheio de marcas empoeiradas das boladas que recebera em seu lugar, e que ele, ao contrário do usual, estava com os cabelos desarrumados, pendendo sob seu rosto.
- Por acaso alguma das bolas chegou a acertar você? Você está machucada?
As perguntas choveram em cima dela, que, após se acalmar, respondeu:
- Estou bem, Hades, graças a você!
Enquanto ela respondia, o homem a ajudou a levantar, e logo começou a bater o pó das roupas.
- Muito obrigada por me proteger! O senhor foi muito rápido! - disse ela com certa admiração.
- Não foi nada. - respondeu ele - Eu apenas percebi que seus colegas tirariam proveito do seu momento de fraqueza. Eu não consegui ficar apenas olhando e deixar que tamanha injustiça fosse cometida…
Hades olha Perséfone de cima a baixo, e pergunta-lhe:
- Tem certeza de que está tudo bem? Não se machucou após a queda?
Mas essa pergunta não teve resposta. A menina olhava atentamente para o rosto anguloso do Deus, e para seus cachos negros, que apesar de um pouco embaraçados, tinham um brilho diferente. Ele se assusta, balança uma mão na frente de seu rosto e pergunta novamente:
- Perséfone???
- AH!!! Desculpe! - A garota fica sem jeito perante ele. Faz uma pausa, mas logo fala:
- Estou bem sim. Não aconteceu nada! - E sorri, para acalmá-lo.
Olhando da distância, Cerberus percebe que seu mestre ainda está envolvendo os delicados braços de Perséfone em suas mãos, e um sorriso largo aparece em seu rosto:
“É isso ai, mestre!!! Vai lá!!!” Synk comemora o ocorrido.
“Um passo a menos agora.” Completa Adia.
Mas os pensamentos do rapaz logo são interrompidos, pois ele percebe que as garotas do campo em sua maioria estavam olhando em sua direção. Ele começa a ouvir os murmúrios:
- Ei, olha! É o Cerberus!
- Ele é tão lindo!!!
- Vamos ali falar com ele!
- Tive uma ideia! Vamos dar um jeito de levá-lo até o vestiário!!!
“Ai não!!! São aquelas meninas malucas de novo!!!” Thymo grunhe.
“Vamos sair daqui.” Ordena Adia, mas o corpo de Cerberus não se move…
“Aaah~ por que nós não podemos ir até o vestiário feminino???” Choraminga Synk.
“Porque nós seríamos expulsos no mesmo momento, seu imbecil!!!” Explode Thymo.
E logo após chegar a essa conclusão, e ver que Hades e Perséfone sairam do campo e estavam a salvo conversando num banco, ele corre para longe das suas indesejadas fãs.
Ao chegar no corredor no qual antes falara com a garota e com seu mestre, pensando estar a salvo também, começa a escutar vozes cochichando, como se bolassem um plano e não quisessem que ninguém os ouvisse. O rapaz resolve chegar mais perto, para ver do que se tratava, pois, se fossem alunos planejando algum tipo de ato de indisciplina, ele teria de avisar o coordenador disciplinar. Porém, quando chega perto o suficiente para escutar, reconhece a voz de Deméter e de Dionísio.
- Mas então, o que você pretende fazer, Deméter? - Pergunta o professor.
- Ainda não sei, mas por enquanto, vamos passar uns dias fora. Vou dizer à Perséfone que eu preciso fazer uma viagem urgente em relação ao trabalho.
- Você acha que ela iria acreditar?
- Ela tem que acreditar, eu sou sua mãe! Ela sabe que eu nunca faria nada para prejudicá-la. E além disso, ela mesma disse que anda cansada e que precisa de uma “folguinha”.
- Hahaha! Esses alunos… Não sabem o que é cansar de verdade. - Fala Dionísio - Mas a Perséfone é uma menina aplicada, ela merece essa folguinha!
Deméter se enche de orgulho:
- E é por esse motivo que eu vou tirá-la daqui até aquele sem vergonha do Hades aprender qual é o seu lugar…
Ao ouvir essa última frase, Cerberus se enche de angústia. Por que ela faria algo tão cruel apenas para prejudicar seu mestre? Ele sabia que os sentimentos de Hades eram puros e verdadeiros, e sabia também que até mesmo ele estava com medo de se aproximar da garota.
“Nós precisamos contar isso ao mestre!!!” Adia fica estranhamente ansioso.
“Sim, mas temos que esperar o momento apropriado, pois agora ele FINALMENTE conseguiu ficar um pouco mais próximo da Perséfone!” Completa Synk.
“Aquela velha maldita! Pensa que pode estragar a felicidade do nosso mestre…” Thymo resmunga.
O rapaz faz um movimento para deixar o local, quando escuta a voz alterada de Dionísio:
- EI! VOCÊ!!!
Deméter olha assustada para trás, mas rapidamente ordena:
- DIONÍSIO!!! PEGUE ELE!!!
[[Dionísio consegue pegar Cerberus]]
[[Dionísio deixa Cerberus escapar]]
Como não conseguiu reagir, a menina foi atingida pela chuva de bolas e ficou muito ferida. Hades leva Perséfone para a enfermaria, mas Asclépio - Deus da Medicina e da Cura - lhe diz que os ferimentos são maiores do que imaginavam. Com um ar de preocupação, Asclépio diz:
- Perséfone precisa ser levada para o hospital. Vou chamar uma ambulância.
No dia seguinte, Hades vai para o hospital visitar Perséfone. Ao chegar no destino, percebe que Hermes está junto, com uma perna quebrada. Os dois estão tristes. Hades ficou triste ao vê-los tristes.
FIM
Cerberus tenta correr, mas logo se vê envolto e imobilizado pelos braços do festeiro. Nunca havia percebido o quão forte era, apesar de beberrão e irresponsável.
- ME SOLTE! - “Late” ele inutilmente, se debatendo para soltar-se..
- Ora, ora… veja o que temos aqui… um dos cúmplices daquele sem vergonha… - Fala Deméter.
- Não ouse falar assim do meu mestre!!! - O rapaz luta para se livrar de Dionísio.
- Vejo que você ia nos denunciar para ele… pois bem, terei de tomar providências, apenas até que eu e minha filha já tenhamos saído daqui…
A mulher olha em volta, e com uma expressão indiferente, abrindo a porta da sala onde eram estocados os produtos de limpeza, ordena:
- Dionísio, jogue ele ai! E tranque muito bem essa porta! - E vai embora, desaparecendo quando vira no corredor.
Cerberus ainda lutava para se soltar, mas agora já estava cansado, e até com medo.
- Não é nada pessoal… você sabe disso… - Fala o professor, e joga o rapaz rudemente para dentro da sala - Eu não fiquei brabo depois daquilo que você me falou hoje mais cedo, mas agora eu tenho que defender meus interesses!
O porteiro se levanta, e tenta correr até a porta, mas Dionísio a fecha em sua cara, e gira a chave quantas vezes foi possível.
- Você não pode fazer isso!!! ME TIRE DAQUI!!!
- Desculpe, mas eu não posso. Não ainda. Deméter vai me ajudar a manter o meu emprego. Eu tenho bebidas e festas para pagar. - E vai embora, deixando Cerberus sozinho.
Nesse momento o rapaz sentiu-se completamente desolado. Como sairia dali? E pior, como avisaria Hades dos planos de Deméter para separar ele de Perséfone?
O medo percorreu todo o seu corpo, a sensação de impotência cada vez maior. Mas por agora, a única coisa que podia fazer era pedir por ajuda.
- Alguém!!! Tem alguém ai?!
Um momento de silêncio seguiu. Ele ficou com ainda mais medo. Mas não fraquejou:
- POR FAVOR, SE ALGUÉM ESTIVER OUVINDO-
Mas não precisou terminar a frase, logo, viu um vulto no vidro opaco da porta, e em seguida, ouviu uma voz familiar, que o fez ficar muito mais calmo.
- Cerberus? É você? - Perguntou Hermes.
- Hermes!!! Sim, sou eu! Você acha que consegue me tirar daqui???
[[Hermes ajuda Cerberus]]
[[Hermes não ajuda Cerberus]]
Cerberus para de correr e vira-se para Dionísio, exclamando:
- Espera, é VOCÊ quem deveria estar correndo!
- Droga! - Dionísio pragueja e começa a correr na outra direção.
Deméter vê a cena e Dionísio quase a atropela.
- Mas que palhaçada é essa?! - Fala perplexa.
A perseguição continua até para fora dos portões do Partenon, e Cerberus percebe que Dionísio está se dirigindo ao bar.
Não deixe que Dionísio escape!
[[http://jogo-partenon.bitballoon.com/]]
(o link apenas parece quebrado, copie a url e cole no browser, o jogo funcionará normalmente)
O inspetor olha ao redor, procurando por uma chave perdida, mas nada acha.
- Bem, não sem a chave… e a única cópia dela está com a chefe das serventes… E eu não acho que ela me emprestaria de boa vontade…
- Então, você precisa me ajudar de uma outra maneira!
Cerberus explica toda a situação à Hermes, dizendo que Hades deveria ser informado imediatamente sobre os planos de Deméter.
- Pode contar comigo, meu amigo! Vou dar a mensagem o mais rápido possível! Mais rápido do que qualquer outra mensagem que eu ja dei na vida!!!
- Obrigado, amigo! - O rapaz fica incrivelmente aliviado.
- Mas após entregar a mensagem, vou dar um jeito de te tirar dai! Espere por mim!
Cerberus pôde ouvir as rápidas passadas de Hermes correndo pelos corredores, e logo, não ouvia mais nada. Tudo o que passava pela sua cabeça agora era se ele seria rápido o suficiente para avisar seu mestre, e se esse seria capaz de impedir a viagem da mãe e da filha.
Após algum tempo correndo para lá e para cá, o mensageiro finalmente encontra o coordenador, o qual ainda estava meio sujo devido às boladas, mas que já recobrara totalmente a compostura e a perfeita apresentação de sua imagem.
O Deus olha para um Hermes quase esgotado, e pergunta aflito:
- O que houve, Hermes, por que está desse jeito?
E ele dá a mensagem, assim como requisitado por Cerberus, explicando todo o ocorrido nos mínimos detalhes. Hades fica desconsertado por uns instantes, mas recobra os modos. Entretanto, quando toma ar para dar uma resposta, ouve-se uma voz brava, com certo tom de decepção;
- Isso é verdade???
Os dois homens olham para o lado, e surpreendem-se ao ver Perséfone parada, com uma expressão perplexa em seu delicado rosto.
- P-Perséfone! O que você está fazendo aqui? - Pergunta Hades, nervoso.
“Quanto será ela ouviu da história?” Pensa ele, agora com gotas de suor escorrendo pelo rosto.
Mas ela não dá bola à pergunta, e repete a sua:
- Isso é verdade? É verdade que minha mãe fez isso???
Hades tenta achar uma resposta rápida, para não deixá-la mais aflita:
- Eu tenho certeza de que ela está fazendo isso para te proteg-
Mas ele não conseguiu terminar a frase.
- Me proteger? De que? E de que forma?
Ela olhava fixamente para o Deus, e ele percebeu certa compaixão nesse olhar. Poderia ser-?
- Hermes, em qual das dispensas minha mãe prendeu Cerberus? A chefe da limpeza não pode negar o pedido do coordenador… - Perséfone parecia cada vez mais enfurecida.
Hades queria acalmá-la, e também precisava saber o quanto ela sabia da situação.
- Perséfone… não fique tão irritada… - mas foi interrompido novamente.
- Primeiro temos que tirar Cerberus de lá! Depois nós conversamos com calma! Hades, me siga!
A garota começou a se dirigir para a sala de limpeza, com determinação nos olhos. Quando chegaram lá, a chefe não demorou a emprestar a chave para o coordenador. Logo, os três estavam na frente do local onde o porteiro estava preso.
- Cerberus, não se preocupe, nós já vamos te tirar daí! - Exclamou Hades.
- Mestre? MESTRE!!! - A voz do rapaz rapidamente passou de aflita a aliviada.
Quando a porta finalmente se abriu, Cerberus voou sobre Hades, e sem perceber o abraçou fortemente.
- Ah~ Mestre, obrigado!!! O que seria de mim sem o senhor?
Ele estava feliz demais, e demorou para perceber a presença dos outros dois ali, mas quando o fez, deu um salto, soltando seu mestre, e falando:
- Hermes…. E Perséfone também!!! Obrigado! - Terminou sua fala com uma reverência.
Entretanto, antes que qualquer um pudesse falar alguma coisa, a menina exige:
- Ok. Hora de esclarecermos algumas coisas…
Hades instantaneamente começa a suar de nervosismo, olhando de um lado para o outro, como que procurando uma escapatória. Mas o tom da menina logo amolece, e ela lança um olhar na sua direção.
- Eu não sabia porque minha mãe não gostava do senhor… Hades. Mas agora eu entendo a razão.
- D-deixe eu me explicar! E-eu posso explicar! - mas faltaram-lhe palavras.
- Eu não preciso de uma explicação sua.- Continuou ela - Eu preciso de uma explicação da minha mãe, por estar escondendo essa história de mim…
Hades, apesar da fala da garota, tenta se explicar:
- Ela queria apenas o seu bem, Perséfone, não fique braba com ela. Além disso, ela tem todo o direito de me manter longe de você… - ele faz uma pausa, e quem prossegue é ela:
- NÃO!!! Ela não tem!!! - Ela desabafa - Você sabe realmente por quê ela quer me manter longe do senhor??? Sabe?
O Deus se assusta, e responde:
- Bem… ela quer te proteger de mim. E eu entendo o porquê. Eu sou um adulto, e você apenas uma menina…
- Errado! - vociferou Perséfone - Ela me mantém longe de você… porque… porque… - sua voz vacila por alguns instantes, mas logo recobra a determinação:
- Porque algum tempo atrás ela descobriu… Ela descobriu que eu passei a olhar para o senhor de uma forma diferente! E descobriu também que o senhor fazia o mesmo!!!
Os três homens ficam paralisados. Hermes e Cerberus lançam olhares surpresos para Perséfone, depois para Hades, e para Perséfone novamente.
Hades estava perplexo demais… ouvira certo o que a menina falou?
- O-o que você falou… - Ele começa, mas é interrompido:
- É verdade! - Fala a garota - Minha mãe não tem medo apenas que o senhor se aproxime de mim… mas que o senhor descubra que nós compartilhamos o mesmo sentimento…
Aquilo parecia um sonho. O Deus ainda não podia acreditar nas palavras que saíram da boca de Perséfone. Ele ainda estava paralisado, tentando processar a informação.
- Nós… compartilhamos…
- Sim. Minha mãe descobriu o que eu sentia há algum tempo, mas achava que era algo irreal, e que eu esqueceria. Mas depois que descobriu que o senhor também… bem… ela começou a implicar cada vez mais… ela tentava me manter longe do senhor de todas as formas possíveis.
Sem que ninguém percebesse, Hermes havia deixado o lugar. Cerberus pensou em fazer o mesmo, mas não conseguiu mover o corpo, assim como percebeu que seu mestre estava do mesmo jeito.
A determinação da menina desapareceu de repente, e agora ela lançava olhares para o chão, para os lados, e não conseguia olhar nos olhos de Hades. Mas, mesmo estando insegura, prosseguiu:
- Eu achava que se o senhor descobrisse… tentaria ficar longe de mim.
- Nunca!!! - O Deus se precipitou, mas logo recobrou o compostura - Eu nunca faria isso, nem mesmo se o sentimento não fosse recíproco… Eu respeito cada um dos alunos com os quais trabalho…
As palavras não saíram mais da sua boca. Os dois se encararam longamente. Aproveitando a situação, Cerberus teve uma ideia. Sorrateiramente saiu do local, e deu um jeito de que Dionísio o visse. Como consequência, esse chamou Deméter, e seu plano logo foi concluído. Os dois professores chegaram ao local, e entenderam toda a situação. A mulher ficou enraivecida:
- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, HADES???
Mas a resposta não veio do homem, e sim de sua filha:
- EU É QUE PERGUNTO, MÃE! POR QUE VOCÊ ESCONDEU TUDO ISSO DE MIM?
Deméter não conseguiu achar as palavras para responder, e Perséfone prosseguiu:
- Você tentou me privar da felicidade! Você sabia o que nós dois sentíamos…
- Meu bebê, veja bem-
- NÃO!!! Não tem explicação! Você não magoou só à mim… mas ao Hades também.
O Deus se sentiu envergonhado por não possuir a coragem de Perséfone para falar o que estava em seu coração, mas deixou com que ela continuasse, pois ela estava proferindo exatamente as palavras que ele falaria.
- Você tentou esconder isso de nós, na esperança que nenhum descobrisse sobre os sentimentos do outro… mas parece que o efeito foi contrário.
Ela lançou um olhar terno para Hades, e esse o retribuiu. E finalmente falou:
- Eu nunca imaginava que você queria que eu ficasse longe de sua filha por essa causa… eu sempre achei que fosse para protegê-la.
Deméter se irrita:
- Essa é exatamente minha motivação! Você não pode fazê-la feliz!
- E por acaso é você quem decide isso, mãe? - Retruca a menina, posicionando-se na frente do Deus, como que para protegê-lo da professora.
- Pois bem. Agora sou eu quem vai proteger meus próprios interesses! - Ela vira-se para ele:
- Agora quem decide se posso ou não ficar perto de você sou eu!
Hades dá um salto, surpreso. E Deméter que surpreendentemente já havia se conformado com a derrota, olha para os dois, um ao lado do outro, suspira longamente, e finamente profere as seguintes palavras:
- É óbvio que a essa altura eu não posso fazer mais nada… - volta a olhá-los - Era exatamente isso que eu queria evitar, mas como meu bebê mesmo disse, eu obtive o efeito contrário.
Um brilho passa pelos olhos da menina, ela olha rapidamente para Hades, que ainda não sabia como deveria reagir. Porém, antes que eles pudessem falar algo, Deméter prossegue:
[[Deméter aceita a situação]]
[[Deméter não aceita a situação]]
- Claro que eu posso--
- Claro que pode o que? - Deméter aparece do corredor ao lado.
- Ahá, ele está planejando alguma coisa com aquele vira-lata pulguento!! - Dionísio exclama, seguindo Deméter.
Deméter puxa Hermes para longe da sala em que Cerberus está preso e ameaça:
- Então é assim... Pois bem. Se você não quiser perder o seu emprego, é bom ficar de bico calado, Hermes.
- Eu posso até te dar uma garrafa de vinho se você ficar quieto - Dionísio diz, dando umas cotoveladas no inspetor.
- Err... - Hermes murmura.
Cerberus não consegue escapar da sala, consequentemente Hermes não envia a mensagem ao Hades. Com isso, o plano de Deméter se realiza, fazendo com que Perséfone fique longe do Deus do Submundo.
Cerberus e Hades ficaram tristes.
FIM
- Apenas saibam que eu vou demorar MUITO para aceitar essa situação…
Ela vira-se subitamente, deixando todos para trás, e desaparecendo quando dobra o corredor. Cerberus mau podia acreditar no que acabara de escutar, ele fica inquieto e começa a correr de um lado para o outro, falando:
- MESTRE!!! Você conseguiu!!!
O Deus não consegue conter um largo sorriso, e Perséfone o percebe, sorrindo juntamente aos seus amigos. Cerberus continua pulando de alegria de um lado para o outro, até finalmente parar, e abraçar Hades fortemente.
- Eu estou tão feliz mestre! Você nunca mais vai precisar se preocupar com ela!!!
“Abanando o rabo” de tanta felicidade, o rapaz não solta o homem, que fala:
- Eu não diria isso, mas pelo menos agora ela não ficará mais em nosso caminho.
Ele faz uma pausa, um sorriso ainda desenhado em seus finos lábios. Quando os dois homens menos esperam, Perséfone se junta ao abraço.
- Aaah! Eu também estou tão feliz!!! Desde que minha mãe descobriu o que eu sentia, ela tem me observado e me manipulado para que eu não chegasse perto de nenhum de vocês!
- Mas nada pode vencer o poder da amizade!!! - Exclama Cerberus, agora envolvendo os dois em seus braços!
Hades, ainda sem jeito, lança olhares para os lados, mas enfim pergunta:
- Persefone, se me permite perguntar… Quando foi que… ahem-
Ele não precisou terminar a frase, ela prontamente o respondeu:
- Pra falar bem a verdade, eu não sei direito quando, o sentimento foi crescendo dentro de mim. E um belo dia, eu percebi que olhava para você de um modo diferente.
- Bem, somos dois então. - Ele da uma risada tímida.
Dionísio, que os assistia de longe, logo é notado pelo coordenador, que olha para ele e fala:
- Professor, eu vou anular as queixas feitas ao senhor hoje. Mas que fique claro que da próxima vez que vier embriagado para a escola, será punido.
- Sim sim, como se eu precisasse de um sermão.
O Deus do vinho olha para Cerberus, sorri, e fala:
- Eu vou ajudar com o final feliz de vocês, vou me comportar daqui pra frente, só não esperem que eu pare de dar festas e me prive dos meus melhores vinhos.
E foi assim, num final de tarde, após um longo dia de aula que Hades e Perséfone finalmente conseguiram se livrar da pressão de Deméter para compartilharem de seus sentimentos, com a ajuda do fiel e companheiro Cerberus, que foi de vital importâcia para que tudo desse certo.
“Eu amo finais felizes!!!” cantarolou Synk.
“Bah- eu acho tudo isso muito clichê, mas se o mestre puder ser feliz, isso é tudo o que importa!”
Resmungou Thymo, seguido pelo comentário de Adia:
“Sim, tudo o que importa é a felicidade do mestre!”
FIM
- NÃO! EU NUNCA VOU ACEITAR ISSO! - Deméter pega Perséfone como se fosse uma mala e sai correndo com ela em seus braços.
As duas nunca mais foram vistas.
- Bwahahahah! Vocês deveriam ter visto a cara de vocês, bando de iludidos! - Dionísio exclama, rindo.
Hades e Cerberus ficaram muito tristes, porém o Deus do Submundo consegue demitir Dionísio pela sua falta de respeito.
FIM